sábado, 15 de maio de 2010

pegue a estrada.

Eu estou fugindo dos nossos defeitos.
Aumentando toda desprezível distância.
E se meu coração parar?
Se você nunca mais me encontrar?
Toda ferida sangra.
Toda dor consome.
Todo amor corrói.
Toda despedida dói.
Estou de joelhos cravado no tempo.
Fingindo que amanhã vai logo chegar.
E se chegar... talvez eu precise mudar.
Eu preciso ser melhor, ou preciso ser pior.
Qualquer troca, justa ou injusta, por mais uma noite.
Nós podemos estar bem amanhã.
Mas nós precisamos de algumas doses.
Me sirva o seu melhor veneno.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

cego.

tenho pressa pra chegar.
pressa pra sair.
eu não sei para onde ir,
mas estou indo para onde,
o sol se esconde.
onde as pessoas não me notam,
e estão felizes com seus amores.
estou esperando a próxima ordem.
não posso fazer o que quero,
por que eu posso quebrar algo.
e quando eu crescer,
não vou poder fazer...
por que não posso errar.
estamos limitados.
vivemos limitados.
foda-se esse moralismo,
e todo esse cinismo.

terça-feira, 4 de maio de 2010

vitrines.

beldades com discursos decorados. tanto brilho e pó compacto para disfarçar as grandes angústias de um ser comum. onde você vai parar querendo ser alguém que é menor do que você? para quê sonhar as dores e anseios dos outros? nós temos pelo que lutamos... e eu temo pelos que nunca choram. estou perdendo tempo. perdendo pessoas e oportunidades. não preciso de quase nada, por que você pode ser quase tudo para mim.

vazio.

encontrar a escuridão,
e sentir toda sua dor.
vem morar comigo.
eu sou seu amigo.
tenha premonições...
me mostre o fim.
ande em circulos.
corra mais rápido.
se jogue da janela,
tentando fugir dela.
tudo precisa acabar,
para então começar.
converse comigo,
continue mentindo.
me iluda enquanto,
eu abro a porta e...
finja que você se importa.